“Nos últimos dois anos o mundo gerou mais dados do que desde o início da humanidade. A questão é: estamos olhando para essas informações de maneira que tragam respostas para questionamentos do negócio?” A indagação é do especialista Cesar Ripari, diretor de pré-vendas América Latina da Qlik, empresa de análise de dados, que chama a atenção para uma nova habilidade que vem sendo cada vez mais requisitada pelas empresas, e que ainda não é dominada pelos profissionais: a “fluência” em dados.
Se a sua resposta para a pergunta de Ripari é não, é hora de ficar atento. Automação, robótica e inteligência artificial estão criando mudanças fundamentais em como vivemos e trabalhamos. E os dados são a linguagem universal desta Quarta Revolução Industrial. Além disso, de acordo com o especialista, estamos vivendo o que ele chama de a terceira geração de BI, com alta democratização da informação dentro das organizações, para todos os níveis hierárquicos. “Tudo chega muito fácil para qualquer nível da empresa, é tudo muito mais colaborativo”. Por esses motivos, o mercado de trabalho precisa de profissionais que saibam usar dados para construir conhecimento, tomar decisões e comunicar essas informações da melhor forma.
Mas se você ainda se considera um “analfabeto”, sem “fluência” em dados, saiba que não está sozinho. Atualmente, apenas 24% dos tomadores de decisão de negócios, de gerentes juniores ao C-suite, sentem-se totalmente confiantes na sua capacidade de ler, trabalhar com, analisar e argumentar com dados, segundo pesquisa global da Qlik. Essas são as habilidades fundamentais que definem se uma pessoa ou não é “alfabetizada”. A boa notícia é que a maioria (78%) afirma estar disposta investir mais tempo e energia na melhoria do seu conjunto de habilidades de dados.
Desafio para as empresas
O maior desafio é que hoje, as empresas já sabem que precisam de profissionais com essas habilidades, mas não sabem bem por onde começar a ajudar as pessoas a desenvolverem essas características. Não há necessidade de mandar todos de volta para a faculdade para aprender estatística e nem a exigência de que todas as áreas das empresas tenham cientistas de dados. Mas é preciso que as pessoas tenham fluência em dados.
Para as empresas, a dica da Qlik é que a cultura comece de cima: o CDO (Chief Data Officer) é o candidato ideal para liderar e defender uma iniciativa de alfabetização de dados. Na ausência do CDO, também pode ser um cientista de dados, analista de negócios ou usuário de negócios. A chave é que o profissional designado tenha paixão por essa missão. O Gartner espera que, até 2020, 80% das organizações iniciem o desenvolvimento de competências no campo da alfabetização em dados. Para o Gartner, aprender a “falar dados” é como aprender qualquer idioma e começa com a compreensão dos termos básicos e a descrição dos principais conceitos. No caso dos dados, existem três áreas-chave do vocabulário: gerenciamento de dados, análise de dados e aplicação de dados no contexto.
Ainda segundo o Gartner, embora o incentivo à alfabetização em dados seja multifacetado e complexo, é preciso que os líderes de dados e de análises devem liderar a alfabetização em toda a organização por meio de práticas recomendadas, tecnologias, treinamento e, eventualmente, certificação.
Recentemente a Qlik, por meio do projeto Data Literacy Project, lançou seu primeiro certificado que permite aos profissionais de qualquer área demonstrar e documentar suas habilidades em lidar com dados. A obtenção é online e gratuita. Desenvolvido por acadêmicos e especialistas da Qlik, o certificado tem como objetivo apoiar as empresas na missão de capacitar as pessoas para que possam solucionar seus problemas mais desafiadores e ter fluência em dados.
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