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Geração Z é a que mais tem relatado golpes pela internet

Estudo sobre segurança e e-commerce aponta que grupo mais atingido está na faixa etária de 18 a 24 anos

Redação

23 de agosto de 2024

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A geração Z é a que mais relata ter sofrido golpes pela internet. A informação é de um relatório sobre e-commerce e as práticas online dos consumidores brasileiros realizado pela Akamai, empresa de serviços de nuvem.

De acordo com o levantamento, apenas 44,76% dos respondentes entre 18 e 24 anos, e 45,33% das pessoas entre 24 e 29 anos afirmam nunca ter sofrido um golpe. Essas são as únicas faixas de idade nas quais mais de metade das pessoas afirmam ter sido vítimas – na geração baby boomer (mais de 60), são 52,38%. Assim, entre os respondentes, o número de pessoas na geração Z sofrendo golpes é 17% maior que entre os baby boomers.

Leia também: 7 em cada 10 brasileiros compram em sites internacionais

No geral, a geração Z é representada por pessoas nascidas entre 1996 e 2012 – que têm entre 11 e 28 anos. Os números brasileiros seguem uma tendência mundial. Ano passado, uma pesquisa similar nos Estados Unidos, realizada pela Deloitte, apontou que membros da Geração Z sofriam 3 vezes mais golpes que os da geração baby boomer.

“Isso pode soar contra-intuitivo para muitos, inclusive para os próprios jovens”, afirma Helder Ferrão, gerente de estratégia de indústrias da Akamai LATAM. “A geração Z, os chamados nativos digitais, são pessoas que não tiveram contato com o mundo pré-internet. Mas, as coisas acabaram sendo mais complexas do que isso: houve recentemente uma leva de notícias sobre empregadores reclamando que os mais jovens chegam ao mercado sem saber conceitos básicos de informática, pois a experiência deles é apenas com celulares e tablets e não com computadores. De fato, existe um déficit no ensino de informática, mas os jovens são mais rápidos para aprender – assim como adotam novas tecnologias, adotam novos hábitos.”, analisa.

Um exemplo disso da adoção de novas tecnologias pelos mais jovens é o pix: 75,52% das pessoas entre 18 e 24 anos afirmam usarem o meio de pagamento ao fazer compras online, um número que vai caindo progressivamente conforme a idade, até chegar a seu menor patamar, 47,62%, entre aqueles com mais de 60.

Para Ferrão, é o gosto por inovação que acaba expondo gente mais jovem a golpes. “O que realmente está acontecendo é que as gerações mais velhas confiam menos no celular. Pessoas com mais de 60 tendem a simplesmente não usar apps bancários porque não confiam na tecnologia”, afirma

De acordo com o executivo, da mesma forma que existem gospistas com foco em pessoas mais idosas também há aqueles que miram os mais jovens. “São golpes que se baseiam em apps de namoro, apps de investimentos e apps para conseguir emprego. Os golpistas circulam anúncios pelas redes favoritas dos jovens, como o instagram e tiktok – uma hora esses apps e anúncios são tirados do ar, porque são contra as políticas das lojas de aplicativos, mas aí o estrago está feito.”

Hábitos do consumidor

O golpe mais comum em qualquer faixa de idade é comprar produtos e não receber, o que atingiu um em cada quatro brasileiros – e, curiosamente, aqui a geração Z e os baby boomers empatam como os mais atingidos, com quase 30% passando por essa situação. O segundo golpe mais comum é ter o cartão clonado após compra em site: 14% dos brasileiros, mas aqui a faixa entre 18 e 24 anos se sai melhor que qualquer outra: apenas 9% passaram por isso contra 17% daqueles com mais de 60. Nesse golpe em particular, os baby boomers têm o dobro de chance de cair se comparado aos mais jovens.

Além de questões de segurança, a pesquisa da Akamai ainda trouxe diversas outras revelações sobre os hábitos de consumo online do brasileiro. A grande maioria (74%) afirma fazer compras online no mínimo uma vez por mês sendo que 6% faz todos os dias. Apenas 2% disseram nunca comprar pela internet. A geração mais adepta de compras são os millennials, faixa entre 30 e 39 anos, em que 84% compram no mínimo todo mês (o número é 74% entre 18 e 24 anos; 80% entre 25 e 29 e 58% para mais de 60).

Uma outra diferença de geração é a preferência por sites de compras nacionais ou estrangeiros. Quando se fala em eletrônicos, os mais jovens (18 a 24 anos) preferem os marketplaces internacionais (33%) do que os nacionais (30%), enquanto os com mais de 60 preferem os nacionais (33%) contra os estrangeiros (23%).

O relatório completo, na forma de e-book, pode ser baixado aqui.

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