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A era dos ciberataques: dispositivos inteligentes na mira dos hackers

Com a crescente adoção de dispositivos conectados, hackers encontram novas formas de ataque, e a segurança digital se torna ainda mais urgente

Redação

15 de outubro de 2024

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Em outubro, ocorre a campanha global de conscientização sobre cibersegurança, mas o cenário atual vai além do phishing e dos vírus tradicionais. A proliferação de dispositivos conectados, de geladeiras inteligentes a carros com sistemas de entretenimento, criou novas portas de entrada para hackers, que diversificam suas táticas para acessar dados de usuários e empresas.

A Palo Alto Networks, empresa especializada em segurança digital, alerta para esse fenômeno. “O número de ataques cibernéticos cresceu e a velocidade com que acontecem é impressionante. Em quase metade dos casos que monitoramos este ano, os dados foram roubados em menos de 24 horas”, explica Marcos Oliveira, diretor da empresa no Brasil. “O risco de ser vítima de um cibercrime não é mais distante. Todos estão suscetíveis.”

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Os ataques tradicionais, como phishing, diminuíram 17% em 2023, mas surgiram novas formas de invasão. Redes Wi-Fi falsas, conhecidas como evil twin, são criadas em locais públicos, enganando usuários para que forneçam dados como senhas e informações bancárias. Outro método comum, chamado juice jacking, acontece em estações de recarga de celulares, onde hackers instalam softwares maliciosos nos dispositivos conectados.

A vulnerabilidade, no entanto, não se limita a celulares e computadores. Geladeiras, cafeteiras e até sistemas de ginástica estão na mira dos cibercriminosos. Esses aparelhos conectados, muitas vezes sem proteção adequada, se tornam alvo fácil para invasores. Dispositivos portáteis, como relógios inteligentes, podem expor dados pessoais e de saúde, enquanto carros conectados à internet estão sujeitos a ataques que comprometem desde a privacidade do usuário até o funcionamento do veículo.

Segundo um estudo do Identity Theft Resource Center, houve um aumento de 72% nas violações de dados em 2023, o que reforça a urgência de adotar medidas de proteção. Embora os hackers sejam cada vez mais criativos, há formas simples de reduzir os riscos. Manter os dispositivos sempre atualizados, usar senhas seguras e exclusivas, ativar a autenticação de dois fatores e contar com softwares antivírus são algumas dessas medidas.

Marcos Oliveira destaca que, apesar da sofisticação dos ataques, “seguir boas práticas de segurança pode reduzir significativamente as chances de ser alvo de um ataque”. Com a crescente interconexão dos dispositivos em nossa rotina, proteger-se contra cibercrimes é mais importante do que nunca.

Novas formas de ataque:

  • Evil twin: redes Wi-Fi falsas em locais públicos que capturam dados dos usuários.
  • Juice jacking: roubo de dados em estações de recarga públicas.
  • Cryptojacking: uso não autorizado de dispositivos para minerar criptomoedas.
  • Dispositivos conectados: geladeiras, relógios e até carros estão na mira dos hackers.

Com o aumento dessas novas formas de ataques e a crescente complexidade das ameaças, o mercado de cibersegurança está em plena expansão, gerando uma demanda elevada por profissionais capacitados. Para quem deseja se aprofundar no tema e adquirir habilidades para atuar na área, a plataforma Eu Capacito oferece cursos gratuitos em cibersegurança, uma oportunidade para entender melhor os riscos e as soluções disponíveis em um cenário cada vez mais desafiador.

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