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Empregos digitais cresceram 4,9% mais que os tradicionais

Números de estudo da FGV e do Movimento Brasil Competitivo mostram crescimento dos empregos digitais, mas também aponta gargalos

Redação

26 de janeiro de 2023

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O número de empregos formais no Brasil vem perdendo espaço para os chamados “empregos digitais”, ou seja, aqueles que exigem habilidades digitais. Nos últimos cinco anos, o número deles cresceu 4,9% em comparação às demais ocupações.

Os números fazem parte de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) desenvolvida em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC). Segundo as duas organizações, os dados indicam remuneração acima da média e maior produtividade de trabalho para aqueles com empregos digitais, na comparação com atividades mais tradicionais.

Segundo o balanço, nos últimos 5 anos a oferta digital brasileira cresceu em média 5,7%, enquanto o mercado americano cresceu 7,1%. A pesquisa destaca como a ampliação da oferta digital seria capaz de gerar um acréscimo de R$ 422,7 bilhões na economia brasileira.

“A pesquisa não apenas lança luz ao impacto econômico da expansão da oferta digital, mas também detalha em números a importância dessa transformação”, explica Tatiana Ribeiro, diretora executiva do MBC.

Segundo o estudo, se a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de R$ 1,12 trilhão na economia.

Desafio da mão de obra

O estudo mostra que o setor produtivo e o governo já entendem a importância da transformação e impactos para a economia. Destaca que a mão de obra qualificada é um gargalo para avançar nas estratégias em favor da transformação digital no país e gerar maior competitividade.

Investir em qualificação, atualização e capacitação dos profissionais, desenvolver estratégias que elevam a geração de valor, e promover iniciativas de inovação despontam são fatores apontados pelo estudo para potencializar os resultados no mercado nacional.

“Por isso, é fundamental apostar no chamado letramento digital amplo, na educação e na qualificação profissional para as exigências trazidas pela oferta digital que cresce continuamente, além de reduzir a exclusão digital de segundo nível. Todo esse processo passa por acesso a serviços, oportunidades e garante cidadania digital”, reforça Ribeiro.

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