89% dos brasileiros desejam usar wearables para gerir saúde

Elisa Duz

9 de junho de 2022

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Novo estudo da Cisco AppDynamics revelou que 33% dos brasileiros atualmente usam pelo menos um dispositivo de tecnologia de saúde “vestível”, os chamados wearable devices, que podem ser definidos como dispositivos como relógios, pulseiras, roupas conectados à internet. A tendência é que esse número aumente. Segundo o relatório, 86% planejam incrementar o uso dessa tecnologia nos próximos 12 meses.

As pessoas passaram a ver a tecnologia wearable não apenas como uma maneira de monitorar e gerenciar sua aptidão física geral. De acordo com o estudo, 89% dos consumidores brasileiros desejam usar tecnologias de saúde, incluindo wearables, para gerenciar condições crônicas ou contínuas de saúde. No Brasil, 78% das pessoas relatam que se tornaram cada vez mais dependentes da tecnologia para ajudar em quaisquer condições médicas.

Para o setor de tecnologia médica, isso significa que as oportunidades são vastas. Dados recentes mostraram que o mercado global de saúde wearable deve atingir US$ 30,1 bilhões até 2026, em comparação com US$ 16,2 bilhões em 2021. Além disso, 320 milhões de wearables médicos serão vendidos globalmente em 2022, segundo a Deloitte.

Entretanto, o estudo alerta para que as marcas reconheçam que as expectativas dos consumidores em relação à tecnologia e aos serviços digitais mudaram drasticamente durante a pandemia.

Desde o início da pandemia, os consumidores se tornaram mais dependentes de aplicativos e serviços digitais em seu cotidiano, e, ao mesmo tempo, também se tornaram mais exigentes e menos tolerantes a experiências digitais ruins. Portanto, quando se trata do mercado de tecnologia médica wearable, é importante considerar toda a experiência do usuário. Ainda mais quando esses dispositivos existem essencialmente para coletar dados de saúde, bem-estar e condicionamento físico dos usuários.

De fato, a pesquisa da AppDynamics descobriu que 91% dos brasileiros esperam que as empresas que oferecem tecnologia wearable demonstrem um padrão mais alto de proteção para seus dados pessoais, mais do que qualquer outra tecnologia que ofereçam. E as consequências para as marcas que ficam abaixo da expectativa dos clientes são graves: 57% afirmam que uma experiência digital ruim com um dispositivo ou aplicativo wearable os impediria de tentar outra tecnologia de saúde ou bem-estar.

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