A maioria dos jovens brasileiros aspira trabalhar em um “emprego verde” nos próximos 10 anos, revelou nova pesquisa da Accenture. Essa ambição é, inclusive, mais representativa no Brasil do que em países europeus e nos Estados Unidos. Segundo o estudo, enquanto 88% dos jovens no Brasil aspiram ter um emprego ou seguir uma carreira na chamada economia verde, na Europa, 57% buscam o mesmo, enquanto nos EUA 52% dos jovens também compartilham das mesmas aspirações.
Por empregos verdes, entendem-se atividades que possam solucionar desafios ambientais, como transportes com uso de energias limpas, descarbonização e outras soluções que visam a sustentabilidade.
Estimativa da Accenture aponta que é esperada a criação de 22,5 milhões de empregos verdes nos próximos 10 anos. Entretanto, este volume não será suficiente quando considerada a demanda por esse tipo de emprego.
Ao mesmo tempo que buscam os empregos verdes, os jovens também esperam que a remuneração e outros elementos tradicionais de um emprego estejam bem representados. O salário, por exemplo, apareceu como prioridade para 29,7% dos jovens.
“Para companhias que operam na América Latina, essa é uma enorme oportunidade para se deslocarem na direção de resultados de negócio ambientalmente sustentáveis”, aconselha a Accenture. “O desafio é que as empresas precisam começar a agir agora para projetar os empregos que vão atrair jovens motivados detentores de uma variedade de níveis de habilidades”.
Segundo a consultoria, os números levantados pelo estudo vêm de um foco em duas áreas principais: as pessoas necessárias para desenvolver a infraestrutura verde (pense em sistemas de trânsito de baixo carbono) e as pessoas necessárias para desenhar soluções tecnológicas limpas (pense em engenheiros de células nano de combustível).
“À medida que a procura por – e a oferta de – empregos verdes continua a crescer, as empresas precisam executar. Para a Accenture, isso quer dizer que elas precisam de talentos, muitas vezes novas formas de talento. Um alto grau de determinação nesta área será vital para aquelas que quiserem liderar na economia verde”, concluiu a consultoria.
