Já falamos o quanto a pandemia acelerou a transformação digital de empresas – das grandes corporações aos pequenos empreendimentos. Vender por canais digitais foi a única opção de milhares de pequenos empreendedores durante o período de restrições impostas pela pandemia de covid-19. Uma pesquisa da Serasa Experian, realizada em 2021, avaliou o impacto da pandemia nas micro, pequenas e médias empresas. De acordo com a pesquisa, 73,4% destes empreendedores vendiam ou passaram a vender produtos e serviços online no período de pandemia.
Dentre eles, 83,1% pretendem continuar a aposta no ambiente digital para realizar seus negócios mesmo quando este cenário acabar. Os canais mais utilizados para esta comercialização são, principalmente, as redes sociais. Os entrevistados também buscam alternativas de vendas em sites próprios e oferta de produtos em lojas tipo marketplace (que reúnem diferentes vendedores em uma mesma plataforma digital). Veja abaixo:
- Whatsapp: 72%
- Instagram: 44%
- Facebook: 36,7%
- e-commerce próprio: 29,8%
- Marketplace: 24,7%
- Telegram: 12,1%
- Outros: 9,7%
Questionados sobre em quais aspectos o ambiente online ajudou nas vendas, a maioria (51,0%) sinalizou que atingir públicos diferentes foi a principal, seguida por ter mais exposição (44,8%), atingir novas regiões (34,5%) e atingir o mesmo público, mas em maior quantidade (29,7%).
De acordo com a Serasa, a aceleração dos processos digitais para venda e prospecção pode ter pegado alguns empreendedores de surpresa, muitos o fizeram de forma improvisada, mas que boa parte deles soube buscar recursos para manter o negócio funcionando. O mercado também começou a identificar as necessidades específicas de pequenos empreendedores e passou a oferecer ferramentas direcionadas ao segmento.
Uma pesquisa similar também foi feita em novembro de 2020 com o mesmo público e as duas edições perguntaram aos empresários sobre as oportunidades encontradas para manter as atividades durante a pandemia. O resultado foi um aumento entre aqueles que estão investindo em novas tecnologias. Se na pesquisa anterior, em 2020, 23,3% fizeram esta afirmação, na pesquisa 2021, 27,6% selecionaram esta alternativa.
Depois de reduzir custos, empresas buscam empréstimos para se manter
Na pesquisa feita em fevereiro de 2021, mais empreendedores afirmaram ter buscado empréstimos e financiamentos ao relatar os principais impactos na área financeira. Essa opção cresceu de 21,3% em 2020 para 24,8% em 2021, considerando todos os segmentos e portes entrevistados. Ainda que tenha se mantido como a alternativa mais escolhida, reduzir custos e despesas caiu de 61,5% em 2020 para 60,7% em 2021. Ao analisarmos individualmente os que afirmaram que buscaram recursos financeiros para manter o negócio, as micro foram as que mais solicitaram, indo de 16% (2020) para 23,2% (2021). Entre os segmentos de atuação, o comércio apresentou maior variação (de 15,1% para 38,1%).
