robô; Inteligência Artificial;

Brasil é referência global em batalhas de robôs

Reportagem do IT Forum acompanhou competição durante a Campus Party

Redação

19 de julho de 2024

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A Campus Party é um cenário conhecido dos amantes de tecnologia e palco de uma das maiores batalhas de robôs do Brasil. Laura Martins, editora do IT Forum, acompanhou de perto o trabalho das equipes que, entre dezenas de mesas e times, se dedicaram a quatro dias de competição. Saiba mais sobre as batalhas de robôs nesta reportagem.

O professor Marco Antônio Meggiolaro, coordenador da Equipe RioBotz, é um dos expoentes da prática no Brasil e formou a equipe da PUC-Rio ainda em 2003, além de ser autor do livro “RioBotz Combat Robot Tutorial”.

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Ele conta que, no Brasil a maior parte dos times são de universidades, enquanto nos Estados Unidos (país em que a RioBotz também compete) são de empresas – principalmente pelo fato de terem competições televisionadas, o que aumenta a visibilidade das companhias.

A equipe carioca, inclusive, já participou dessas competições e, mesmo com o reconhecimento de pódios, não é “famosa” no Brasil. “Às vezes, andamos na rua nos Estados Unidos e somos reconhecidos, mas no Brasil não. A divulgação aqui é mais limitada e em nicho”, diz o coordenador.

Ele resume como acontece a competição: no primeiro dia, há a inspeção estática dos robôs, no qual os árbitros veem se o robô tem proteção, se os fios estão encapados. Entre outros. E depois há a inspeção dinâmica, para se assegurar que o robô, ao ser desligado, realmente para de lutar.

“Nas mesas nós montamos os robôs, fazemos os reparos e usamos as peças reservas quando necessário, porque tem destruição. Por mais que ele seja resistente, é inevitável que aconteça. São diversas categorias e nós participamos de todas as categorias, desde 150 gramas até 17 quilos”, revela ele.

Mas, além da batalha de robôs, Meggiolaro conta que o aprendizado em robótica é substancial para a vida profissional dos alunos. “Nós conseguimos reunir, na engenharia, diversas áreas. Temos as competições de combate que precisam de engenharia mecânica, de materiais e metalúrgica. Mas também temos os robôs autônomos, que estimulam os alunos de engenharia de computação, fora os engenheiros elétricos, necessários para todas as categorias. São alunos muito preparados no mercado.”

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Ademais, muitos dos alunos, depois que se formam, abrem suas próprias empresas e desenvolvem robôs com os aprendizados que tiveram nas equipes. “Eles têm acesso às últimas tecnologias, porque as competições são acirradas e é preciso usar o que tem de melhor no mercado.”

Robôs no mercado

Esse é o caso da AGVs, empresa brasileira especializada em veículos autônomos. Uma das únicas companhias com equipes na competição da Campus Party. Wagner Prestes, competidor da AGVs Combate e coordenador de Desenvolvimento de Produtos, conta que a AGVs foi fundada pelo mesmo criador da equipe que ele frequentava na faculdade, a PUC-RS.

“Com a equipe universitária conseguimos fazer um projeto no qual fomos campeões nacionais. Como meu chefe estava lá, ele sabia que aqueles que participam do combate têm uma extra, não é só a teoria. Quem participa de combates tem conhecimentos de programação, eletrônica e mecânica”, comemora ele.

Ele contextualiza dizendo que as equipes universitárias têm mais pessoas envolvidas, com grandes equipes e trabalhados “bem separados”. Tem uma pessoa só para trabalhar com mecânica, outra com elétrica etc.

Já nas empresas, as equipes são mais enxutas e os membros da equipe são multidisciplinares. Cada um faz o seu próprio robô, pilota, ajusta e é responsável por cada detalhe.

Via IT Forum

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