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Cadê a diversidade? Pesquisa mostra que falta inclusão no marketing de influência

Redação

20 de maio de 2022

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Jovem, morador da região Sudeste, branco, hétero e cis. Esse é o perfil predominante dos profissionais que trabalham com marketing de influência. É o que diz um estudo realizado pela YouPix em parceria a 99Jobs, empresa de recrutamento.

O objetivo do estudo, o primeiro a investigar carreiras e influência no país, foi analisar a realidade dos profissionais que atuam num mercado que não para de crescer. O estudo ouviu 661 pessoas e apresenta um recorte de quem trabalha em agências especializadas, agências de digital com área dedicada à influência ou diretamente nas marcas.

Segundo o levantamento, a presença de pessoas brancas neste mercado é maior do que na população brasileira, com 69%. A heteronormatividade tem uma presença quase integral , com mais de 97,2% dos profissionais do setor. Quem trabalha com marketing de influência também é majoritariamente jovem – 68,1% têm idades entre 26 e 37 anos – e sudestinos, com 60,3% em São Paulo.

Além disso, a minoria negra também recebe menos – 34,5% afirmaram que ganham até R$3.500,00. Entre pessoas brancas, o percentual é de 23,6%. A pesquisa revela que 44,8% das pessoas empregadas na área tem uma média salarial de R$ 5.000 por mês.

Agências

Um dos principais dados coletados na pesquisa é que a maior parte dos respondentes (38,4%) trabalha em agências especializadas em influência. Isso mostra a consolidação desse mercado e o surgimento de oportunidades para novos profissionais. Graças ao crescimento da área, em 2021, essas agências tiveram um aumento de 34,8% em seu faturamento.

O mercado ainda conta com as agências de digital, que empregam 48% dos profissionais que atuam com influência ou mídias sociais. 61% dos respondentes também afirmam que as empresas onde trabalham dedicam um departamento exclusivo  à influência. Ou seja, essa é uma área que está ganhando protagonismo nas empresas.

Ainda assim, essas organizações têm quase sua totalidade de colaboradores sendo pessoas brancas: nas marcas e clientes esse número é de 74% de seu quadro de funcionários. Já nas agências, são 72%. Em consultorias há um ambiente mais inclusivo, com quase metade das pessoas pretas/pardas (48%).

Mercado

Para quem está começando no mercado agora, analista é o cargo de entrada, que concentra metade das pessoas que trabalham há pelo menos 3 anos na área, o que explica por que 38% dos pretos/pardos atuam nessa função. Essas pessoas estão chegando agora para trabalhar com influência, num terreno já iniciado, desbravado e dominado pelas pessoas brancas: 59% têm no máximo três anos de jornada.

Essa é uma área muito horizontal, mas que exige conhecimento específicos e em skills diferentes, como: criatividade, pesquisa, entendimento do cliente, storytelling, análise, negociação, relacionamento e gestão de projetos e pessoas. A maioria dos respondentes (57,4%) é contratada em regime CLT. Sendo que, dentre elas, 74% das pessoas com registro são brancas e 82% das pessoas que trabalham nas marcas estão sob o regime CLT e, nas agências, apenas 44% das pessoas são registradas.

*Com informações Exame/Bússola

 

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carreirasdigitalestratégia de marketing digitalhabilidades e competênciassoft skills

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