Pia Sundhage, Bev Priestman, Martina Voss. Já ouviu falar desses nomes? Então, prepare-se, pois a Copa do Mundo Feminina começa nesta quinta-feira (20/07), na Austrália e Nova Zelândia, e as treinadoras do Brasil, Canadá, Alemanha, entre outras, prometem chamar atenção com os diferentes estilos de liderança.
O PageGroup, consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado, listou o perfil de liderança de algumas técnicas das seleções que participarão da Copa do Mundo Feminina deste ano e como esses diferentes estilos de gestão se encaixam nas empresas.
Para Letícia Valente, diretora do PageGroup, as treinadoras possuem habilidades que podem ser adaptadas e servirem de exemplo para gestoras de empresas. “Por mais que cada uma tenha seu modelo de gestão, as líderes do futebol e das organizações têm papéis parecidos em suas rotinas, como motivar os colaboradores, encontrar soluções rápidas para gerar resultados e driblar o preconceito e a desconfiança. Essas gestoras servem de inspiração e referência para que cada vez mais possamos ver cargos de liderança sendo ocupados por mulheres”, diz.
Confira abaixo 5 perfis de treinadoras da Copa do Mundo Feminina para inspirar líderes e gestoras:
Pia Sundhage – Brasil (foto)
A técnica da seleção brasileira é considerada uma referência no mundo do futebol feminino como jogadora e treinadora. Além de participar de 3 copas do mundo e conquistar uma medalha de prata nas Olímpiadas de 1996, Pia garantiu no comando técnico duas medalhas de ouro olímpicas para os Estados Unidos (2008 e 2012). A comandante também é conhecida por se adaptar a diversos cenários e ter diferentes estratégias no mesmo jogo.
Perfil de liderança: experiente, é uma líder com muitas conquistas na carreira e que sabe extrair o máximo de rendimento das atletas pelo seu conhecimento de jogo. Adota uma comunicação clara e bem-humorada, característica bem-vista por suas equipes.
Analogia com o mundo corporativo: gestora com muita experiência e que busca sempre o melhor desempenho. Tem boa gestão de grupo e sabe extrair o melhor dos colaboradores com conversas claras e tranquilas.
Bev Priestman – Canadá
Mesmo sendo jovem, Bev possui experiência como assistente técnica da Nova Zelândia, com participação na Copa do Mundo Feminina de 2015. Assumiu a equipe canadense em 2020 e desde então aplica seu conhecimento tático moderno e ofensivo.
Perfil de liderança: técnica com mentalidade ambiciosa e vencedora, motiva suas atletas para que mantenham o mais alto grau de determinação para alcançarem os objetivos.
Analogia com o mundo corporativo: líder jovem, motivada e que sabe como se comunicar com os colaboradores para criar um ambiente saudável e ambicioso.
Martina Voss – Alemanha
Gestão de talentos. A frase é quase perfeita para definir a técnica da Alemanha Martina Voss. Como atleta, foi campeã dos Jogos Olímpicos de 1984 e da Copa do Mundo Feminina em 2003.
Perfil de liderança: A treinadora preza pelo desenvolvimento e a motivação individual das atletas, criando um ambiente positivo e agradável para a equipe.
Analogia com o mundo corporativo: a líder que sabe selecionar e desenvolver talentos, tem empatia e entendimento para aplicar a estratégia correta em cada processo.
Sarina Wiegman – Inglaterra
Com início de trabalho nas categorias de base da Holanda, a técnica já recebeu o prêmio de Treinadora do Ano da FIFA em 2017, como reconhecimento do trabalho feito na seleção holandesa principal na Eurocopa do mesmo ano.
Perfil de liderança: líder pragmática, organizada e que trabalha a eficiência e os relacionamentos sólidos para criar um ambiente agradável.
Analogia com o mundo corporativo: acredita na organização dos processos e na união dos colaboradores para entregar resultados eficientes.
Milena Bertolini – Itália
Uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do futebol feminino na Itália. Milena assumiu a seleção italiana em 2017 e logo alcançou resultados surpreendentes, como a classificação para a Copa do Mundo Feminina de 2019, algo que não ocorria no país há 20 anos.
Perfil de liderança: sabe trabalhar a mentalidade em longo prazo para o desenvolvimento das atletas de forma individual e coletiva. Mantém um estilo organizado e preza pela união do grupo.
Analogia com o mundo corporativo: mesmo com foco em processos de trabalho de médio e longo prazo, consegue se adaptar para extrair o melhor dos colaboradores para entrega de resultados em pouco tempo.
Foto: Sam Robles/CBF