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Futuro do Trabalho: conheça 10 profissões em alta

Como será o futuro do trabalho? Quais profissões vão desaparecer e quais serão mais promissoras? Saiba mais no relatório O Futuro do Trabalho 2023

Redação

26 de maio de 2023

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Como será o futuro do trabalho? Quais profissões vão desaparecer e quais serão mais promissoras? Algumas dessas respostas estão no relatório O Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral nas pesquisas de opinião executiva. Um spoiler do que vem por aí: as profissões em alta envolvem tecnologia e sustentabilidade. Mas antes disso, vale entender um pouco mais sobre o assunto.

De acordo com o relatório, ao todo, 23% das ocupações no mercado de trabalho devem se modificar até 2027. Em uma base de dados que analisa 673 milhões postos de trabalho há, neste período, a expectativa de 69 milhões de empregos criados, liderados principalmente pela transição verde e pela transformação tecnológica. Contudo, 83 milhões postos poderão ser eliminados neste mesmo período, o que corresponde a uma redução líquida de 14 milhões de postos de trabalho, ou 2% do emprego atual.

Segundo a análise, os avanços tecnológicos -a exemplo da Inteligência Artificial e Big Data – as transformações nas cadeias de suprimentos, mudanças no perfil dos consumidores e a transição verde são fatores que têm impulsionado alterações no mercado de trabalho. No entanto, o aumento do custo de vida, desaceleração do crescimento econômico e tensões geopolíticas acarretam perdas de postos de trabalho, além da adoção de tecnologias que comprometem a continuidade de certas profissões.

“Os empregos que mais crescem são de especialistas em IA e aprendizado de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação, mas o maior crescimento em números absolutos é esperado em educação, agricultura e comércio digital”, diz o comunicado sobre o relatório que considera o período de cinco anos (2023-2027).

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Novas tecnologias e ESG

Durante a pesquisa de opinião, executivos responderam sobre quais macrotendências seriam as mais prováveis ou crescentes nos próximos 5 anos. O crescimento da adoção de novas tecnologias de fronteira (86,2%), a ampliação do acesso digital (86,10%) e da aplicação de padrões ESG (80,6%) foram os mais selecionados pelos executivos.

Big data lidera o ranking de tecnologias vistas como criadoras de empregos no Brasil e no mundo, com 51% dos entrevistados brasileiros esperando o crescimento do emprego em papéis relacionados. O emprego de analistas e cientistas de dados, especialistas em big data, em IA e aprendizagem de máquina e profissionais de segurança cibernética devem crescer em média 30% até 2027 no mundo.

As tecnologias com maiores capacidades em gerar novos empregos conforme pesquisa qualitativa aplicada no Brasil são: big data, plataformas e aplicativos digitais, tecnologias de educação (LMS – learning management systems), criptografia e segurança cibernética, e tecnologias de suporte e facilitação do comércio digital.

Profissões em alta

Agora, sim, após essa contextualização, vamos às profissões em alta. De acordo com o report, as funções que mais crescem são impulsionadas pela tecnologia, digitalização e sustentabilidade.

Entre os novos postos de trabalho gerados, destacam-se:

  1. Especialistas em IA e aprendizagem de máquina;
  2. Especialista em sustentabilidade;
  3. Analista em Inteligência de negócios;
  4. Analista de Segurança da Informação;
  5. Engenharia de Fintechs;
  6. Cientistas e analistas de dados;
  7. Engenharia de robótica;
  8. Especialista em Big Data;
  9. Operadores de equipamentos agrícolas;
  10. Especialistas em transformação digital.

Apenas duas tecnologias não devem apresentar saldos positivos de empregos nos próximos cinco anos: robôs humanóides e robôs não humanóides. Apesar do saldo positivo geral dessas tecnologias, mudou pouco, desde a última edição do relatório (2020), a percepção de que as tarefas se tornaram mais automatizadas.

Segundo o relatório, espera-se que os empregos na educação cresçam cerca de 10%, levando a 3 milhões de empregos adicionais para professores de educação profissional e professores universitários. Espera-se também que empregos para o setor agrícola, especialmente Operadores de Equipamentos Agrícolas, Niveladoras e Classificadoras, tenham um aumento de 15% a 30%, levando a mais 4 milhões de posições.  

Em atividades habilitadas digitalmente, como especialistas em comércio eletrônico, especialistas em transformação digital e especialistas em estratégia e marketing digital, a expectativa é de um crescimento de 2 milhões de postos de trabalho.

Veja também: os 25 cargos em alta no Brasil, segundo o LinkedIn

Outras profissões com potencial de crescimento são:

  • Mecânicos e reparadores de máquinas
  • Profissionais de desenvolvimento de negócios
  • Operários de construção em estrutura metálica
  • Professores universitários e do ensino superior
  • Engenheiros eletrotécnicos
  • Trabalhadores de chapas e estruturas metálicas, moldadores e soldadores
  • Professores de educação especial

Segundo o relatório, os principais postos de trabalho que devem desaparecer são:

  1. Caixas de banco e funcionários relacionados,
  2. Funcionários dos Correios,
  3. Caixas e cobradores
  4. Escriturários de entrada de dados
  5. Secretários administrativos e executivos
  6. Assistentes de registro de produtos e estoque
  7. Escriturários de contabilidade
  8. Legisladores e oficiais judiciários
  9. Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros
  10. Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados

As organizações pesquisadas preveem 26 milhões de empregos a menos até 2027 impulsionadas principalmente pela digitalização e automação.

O relatório

A 4ª edição do relatório analisa 45 economias por meio de dados estatísticos, a exemplo de alguns fornecidos pelo LinkedIn e Coursera, além da pesquisa de opinião executiva que alcançou 803 empresas de 27 diferentes setores e que, juntas, são responsáveis por mais de 11 milhões de postos de trabalho no mundo.

O objetivo do estudo é acompanhar o impacto da 4ª Revolução Industrial no mercado de trabalho, identificando a escala potencial de rupturas ocupacionais e estratégias para capacitar ocupações em declínio para assumir papéis emergentes. O Futuro do Trabalho 2023 oferece insights sobre essas transformações e revela como as empresas, gestores públicos e educadores devem navegar por essas mudanças no cenário 2023-2027. Fatores políticos, ambientais, sociais e econômicos impactam fortemente na maneira em que o mercado de trabalho se molda, seja por novas estratégias das empresas ou por novas demandas e prioridades por parte dos trabalhadores.

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