Indústria 4.0 Eu Capacito

Em plena disrupção digital, seguros exigem profissionais altamente capacitados, inovadores e articulados

Agência Esenca

1 de dezembro de 2020

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Se na maioria dos setores, a chamada “Indústria 4.0” vem despertando alertas, no de seguros, ela já acendeu o sinal vermelho. Sem exageros, a seguradora que não se transformar rapidamente corre sérios riscos de ficar fora do mercado.


Essa é uma das conclusões que podemos inferir da pesquisa “Um futuro exigente – As quatro tendências que definem os seguros em 2020”, da Deloitte. Outra importante conclusão que podemos tirar é que, para implementar tais mudanças, serão necessários profissionais altamente atualizados em tecnologias inovadoras, voltados a ações práticas.


“As seguradoras precisarão se mover muito mais rapidamente para criar organizações verdadeiramente digitais se quiserem competir em um mercado que está pronto para uma transformação rápida”, afirma o relatório da pesquisa. Entre os vetores dessa transformação, está a chegada de gigantes de tecnologia ao setor, com “capacidade de criar modelos de seguro fáceis de entender, flexíveis e centrados no cliente”.


Não que as empresas estejam alheias à tecnologia, pelo contrário. Na verdade, 95% dos entrevistados disseram que o uso de análises avançadas por suas empresas aumentou nos últimos três anos. Além disso, existe planejamento para investimento em diversas áreas nos próximos três anos, com destaque para a tecnologia em nuvem.


A solidez da flexibilidade


Esses pontos destacados são parte do eixo “Disruptura digital prática e não teórica”, um dos quatro da pesquisa, e eles dialogam fortemente com outro eixo, chamado “Oportunidades de negociação”.


Neste outro eixo, mostra-se o desafio dramático do setor: na verdade, os formatos tradicionais de inovação interna, responsáveis inclusive até pouco tempo pelo crescimento orgânico das mais proeminentes companhias, mostram-se insuficientes para o momento.


Mas o que fazer quando fazer o máximo não é mais o suficiente? Você pode ser um profissional de TI superatualizado, pleno de habilidades e competências, e entender bastante de tecnologia de nuvem, deap learning e blockchain, mas se nem isso é suficiente, então qual o passo seguinte para ser um profissional valioso no setor?


A boa notícia é que a própria pesquisa sugere respostas promissoras: empreendedorismo e rede de contatos. O que a pesquisa aponta é que um modo possível de as empresas atuais de seguros crescerem com a rapidez necessária é quebrar metaforicamente suas paredes e passarem a atuar como um ecossistema, em aliança com startups e incubadoras.


Como explica o relatório, as novas tecnologias “não podem funcionar em silos e as seguradoras precisam adotar uma abordagem holística para a transformação tecnológica”.


Cliente crush


Mas tudo isso é inútil se a empresa perder de foco o ponto-chave de toda essa inovação: o cliente. É ele quem está exigindo um novo modelo de mercado. É ele que, ao se mostrar extremamente informado e exigir soluções além do trivial, bem como produtos amigáveis, acessíveis e inovadores, torna-se o principal fator disruptivo do mercado.
Acabou aquele tempo de fidelidade em que o cliente namorava uma empresa, noivava e casava, mantendo laços muitas vezes por comodismo. O tempo agora é do cliente crush, que tem múltiplos interesses, várias vezes múltiplos parceiros, sabe muito bem o que quer e só mantém laços que realmente lhe trazem satisfação.


Desafios ou oportunidades?


Agora, como profissionais, de que maneira podemos olhar para esse cenário e não nos sentirmos engolidos pelo tsunami de mudanças?
A resposta, mais uma vez, passa por formação e capacitação; desta vez, especialmente focadas em áreas digitais.


Por exemplo, entre os grandes fatores de satisfação do cliente emergidos nos últimos tempos estão as plataformas inteligentes de atendimento, fator inclusive apontado na pesquisa. Dominar o funcionamento e a configuração dessas plataformas é algo extremamente valioso, assim como outras tecnologias disruptivas, englobadas no conceito de capacitação que o mercado vem chamando de “digitalização humanizada”.


Da mesma forma, o relatório aponta que o planejamento clássico já não é mais suficiente, o que cria desafios, sim, mas abre oportunidades para quem está antenado com o mercado e é capaz de apontar soluções que um gerente ou gestor menos atento não apresenta. Serviços e produtos inovadores não caem do céu, porém uma informação quente, de conhecedor de mercado e antenada com o cliente pode fazer toda a diferença.

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