Nos bastidores da segurança digital, os cargos conhecidos não ocupam mais sozinhos a frente da defesa organizacional. Entre as siglas que já fazem parte do vocabulário do setor — CISO, CSO, analistas de segurança, arquitetos de defesa, pentesters —, novas funções surgem em resposta ao cenário atual de ataques cibernéticos intensificados, que desafiam as estruturas de proteção no Brasil e no mundo.
Entre os papéis emergentes, o Business Information Security Officer (BISO), ou simplesmente Information Security Officer, assume uma posição estratégica, trabalhando lado a lado com o CISO para tornar a segurança digital parte essencial da tomada de decisões.
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O BISO tem a função de adaptar medidas de proteção ao cotidiano das áreas de negócios, buscando garantir que os riscos sejam mitigados de forma prática e acessível. Essa proximidade com o CISO permite que as iniciativas de segurança sejam integradas na rotina corporativa, tornando-se não apenas uma exigência técnica, mas um elemento de proteção que permeia a cultura organizacional.
Outro cargo em ascensão é o de Gerente de Identidade, um dos responsáveis pela proteção de dados de acesso, que são vulneráveis a ataques cada vez mais sofisticados. Esse profissional cuida da preservação da identidade digital dos colaboradores, configurando e monitorando acessos para evitar brechas que possam comprometer sistemas inteiros. Na linha de frente da segurança, o Gerente de Identidade atua como uma espécie de guardião dos dados, essencial para bloquear a entrada de invasores.
Além disso, surge o Gerente de Conscientização, um cargo focado em educar e sensibilizar o corpo organizacional sobre práticas de segurança. Esse profissional conduz campanhas e treinamentos para promover uma cultura de prevenção. O objetivo é reduzir a vulnerabilidade humana, que ainda é uma das principais portas de entrada para ataques.
Dados da Check Point Research mostram que, no segundo trimestre de 2024, o Brasil registrou um aumento de 67% nas tentativas de ataques, com 2.754 incidentes semanais por organização. “Hoje, o profissional de cibersegurança precisa mais do que conhecimento técnico. É essencial que ele tenha uma visão estratégica e consiga dialogar com diferentes áreas da empresa”, explica Oliveira.
As oportunidades para novos profissionais de cibersegurança, contudo, enfrentam um obstáculo: a escassez de mão de obra qualificada. Segundo a IDC, até 2025, o Brasil terá um déficit de 140 mil profissionais na área, um número que evidencia a necessidade urgente de capacitação. Este cenário exige programas de formação que vão além das habilidades técnicas, abordando também aspectos de comunicação e prevenção cultural.
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