Você já se sentiu apoiado pelo líder da empresa em que trabalha? Se a resposta é não, você não é o único. Apoio é apontado por 36% dos profissionais como a habilidade comportamental que mais faz falta na liderança. Em seguida, aparecem características como comunicação (26%) e capacidade de decidir (17%). As informações são do estudo o Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizado pela Robert Half em parceria com a The School Of Life (TSOL).
Como apoio, o estudo define: “Trata-se da disponibilidade, da escuta ativa, da presença e da valorização do outro. É uma habilidade que, assim como todas as outras, não está limitada ao líder. Todo colaborador pode colocá-la em prática no dia a dia, seja com relação a si mesmo ou ao outro”.
Por outro lado, quando questionados sobre as habilidades comportamentais que gostariam de desenvolver, apenas 6% dos líderes indicaram que gostariam desenvolver em si mesmos a habilidade apoio. Para as lideranças é mais importante aprimorar a empatia e o espírito empreendedor (23%) e a calma (21%).
Comunicação
A comunicação é a habilidade que mais falta nas equipes, de acordo com seus próprios líderes. Ela é apontada por 32% dos líderes, em seguida estão a capacidade de decidir (24%) e empatia (23%). Quando questionados sobre quais habilidades deveriam desenvolver em si mesmos, os liderados colocaram a comunicação em terceiro lugar com 23%. Acima estão liderança e espírito empreendedor com 25% e 26%, respectivamente.
Saúde mental
Questionados sobre como avaliariam a empresa sobre o nível de preocupação com relação ao bem-estar emocional e à saúde mental dos colaboradores nos últimos 12 meses, 41% dos liderados responderam que o nível de preocupação permanece igual, 34% avaliaram que aumentou e 16% afirmaram que a empresa não se preocupa. Já entre os líderes, 41% responderam que aumentou, 34% analisaram que continua igual e 12% afirmaram que a empresa não se preocupa.
“A qualidade da nossa saúde mental está relacionada à percepção e ao treinamento contínuo de pensamentos e emoções. Essa atenção com a nossa mente deve ser uma ação incorporada ao nosso dia a dia, dentro e fora do ambiente de trabalho, não apenas uma ação emergencial. A busca pela inteligência emocional é um recurso que tende a nos ajudar muito nesse sentido”, analisa o relatório.
Entre as práticas de autocuidado, o estudo elenca 5 práticas:
- • Atividade Física
- • Horas regulares de sono
- • Pausas ao longo do dia
- • Fortalecimento do contato com outras pessoas
- • Acompanhamento psicológico
Veja também: PARA 83%, BEM-ESTAR É TÃO IMPORTANTE QUANTO O SALÁRIO
Mas, segundo o relatório, 16% dos líderes e 17% dos liderados afirmam não estarem se cuidando, apesar de reconhecer que precisam de cuidados.
O estudo foi realizado com 800 profissionais empregados, de diferentes regiões do Brasil, com idade igual ou superior a 25 anos, sendo 620 líderes e 180 liderados. A coleta foi feita on-line de 2 a 26 de agosto de 2022.
